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Notícias do Setor

01/02/2017  Era Trump, Era das Incertezas Edição 1/2017


Era Trump, Era das Incertezas 

Depois de enfrentarmos um ano desafiador, muito desestimulante, iniciamos 2017 com perspectivas de recuperação lenta e gradual da economia brasileira. 

Internamente, há grandes expectativas de mudanças, mas o mundo está passando por um processo de profundas transformações, principalmente decorrentes do novo posicionamento dos Estados Unidos, que precisa ser acompanhado passo a passo, afinal, o país presido pelo polêmico republicano Donald Trump é o segundo parceiro comercial do Brasil. 

Sem a pretensão de assumir a posição de analistas econômicos ou políticos, vamos refletir sobre algumas medidas tomadas pelo novo presidente americano e seus impactos na economia global e local. Nosso país parece não estar entre as prioridades de Trump, mas isso não significa que estamos confortáveis nesse contexto. 

Muitos acreditavam que as medidas populistas e protecionistas que foram defendidas por ele durante a campanha para conquistar a presidência eram ”jogadas de marketing”, mas já se sabe que não. Eram prá valer. Já ninguém tem dúvidas de que as decisões do governo americano afetarão a economia global e os países emergentes. Justifica-se, portanto, o lema “Era das Incertezas”. 

Alguns especialistas afirmam que Donald Trump representa uma ameaça à paz mundial. Afinal, ele se mostra muito mais disposto a erguer muros do que a fortalecer alianças. Sua postura autoritária, que desrespeita até mesmo as institucionalidade, seu patriotismo exacerbado e sua pouca disposição para o diálogo são altamente preocupantes.

Já teve início o embate com o México. Sempre resistente à imigração ilegal e à acolhida aos refugiados, Trump anuncia a construção de um muro para barrar a entrada de mexicanos. E mais, criar mecanismos para captar do México os recursos necessários para a tal obra, com sobretaxa às mercadorias importadas daquele país. É previsível que os produtos sobretaxados serão reajustados, sendo o valor repassado aos consumidores. O mesmo ocorrerá com produtos de outras origens. O impacto negativo na economia mexicana é inevitável e terá reflexos nos demais países que mantém relações comerciais com os Estados Unidos, onde se insere o Brasil. Há bem pouco tempo, esta situação era inimaginável. A polêmica deve se intensificar nos próximos dias e certamente até o final da Era Trump. Muito precoce fazer previsões. Vamos aguardar para ver onde isso chegará.

Dois dias após ordenar a construção do tal muro, na última sexta-feira, Trump assinou decreto severo proibindo a entrada nos Estados Unidos de cidadãos vindos da Síria, Irã, Sudão, Líbia, Somália, Iêmem e Iraque, por 90 dias. O mesmo documento restringe por tempo indeterminado o acesso àquele país de refugiados vindos da Síria. O presidente americano afirma que tais medidas têm por intuito melhorar a segurança nacional, mas há controvérsias. A decisão envolve aspectos éticos e morais e, na prática, as medidas excluem muçulmanos, o que denota discriminação religiosa. Líderes de vários países já se manifestaram publicamente contrários a tais restrições e o assunto deve ter ampla repercussão no decorrer desta semana e no decorrer do tempo. 

Seguindo seu ritmo na polêmica escalada contra o terrorismo, no sábado, 28 de janeiro, Donald Trump tomou outra decisão de grande impacto. Determinou um prazo de 30 dias para que o Pentágono apresente um plano de extermínio ao Estado Islâmico. De novo, vamos esperar para ver o que vem por aí. Também estão em foco as relações entre os Estados Unidos e a China. Devem aumentar as tensões econômicas entre os dois países, com repercussões geoeconômicas e políticas. Em recente medida, o presidente americano decidiu se desligar do TPP - Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica. Segundo ele, este compromisso prejudicava os americanos, pois eliminava postos de trabalho e beneficiava a China. Mas e os demais países que participam do TPP como encaram a decisão americana? A economia globalizada é norteada pela inter-relação entre países. Note-se que a China é o maior fornecedor americano e a Rússia, por sua vez, não deve entrar em conflito com países europeus para os quais direciona exportações de petróleo. 

Por certo, os Estados Unidos devem intensificar os confrontos com países que considera ameaçadores, mas ninguém espera de braços cruzados seus desmandos. O diálogo se intensifica e ações desencadearão reações. Alguns analistas acreditam que o Brasil pode se beneficiar com uma maior abertura para a entrada de produtos brasileiros nos Estados Unidos. Vale observar que Trump adota medidas para valorizar a moeda americana e mais, pretende renegociar acordos comerciais para reduzir o déficit americano. Muito difícil saber se as mudanças representam oportunidades ou ameaças. Estamos na verdade na “Era do Imprevisível”. Vamos aguardar e acompanhar atentamente esta nova realidade. 


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