Os
distribuidores de papel no Brasil, basicamente, comercializam, em sua grande
maioria, papéis de imprimir e escrever e, devido à grande oferta desses
produtos, investem no atendimento diferenciado e na rapidez da entrega dos
produtos. Essas medidas são importantes nesse mercado competitivo e só assim se
consegue a fidelização do cliente. Além disso, a qualidade dos produtos também é
diferencial indispensável nessa empreitada.
Novos
produtos sempre surgem na linha de imprimir e escrever, principalmente nos
papéis especiais, com novas cores e gramaturas, que oferecem muitas opções para
o mercado promocional.
Apesar das
campanhas contra o uso de papel, os volumes de venda não estão caindo e as
perspectivas para 2013, com todas dificuldades na economia, são de crescimento.
Se a campanha que várias Associações promoverão para mostrar que o papel não é
vilão, for bem executada, os números deverão surpreender
positivamente.
Os
distribuidores de papel poderiam estar bem melhor se o Governo não tomasse
medidas para proteger o produtor nacional. O aumento do imposto de importação de
14 para 25% é uma medida que só fomentou o aumento do desvio de finalidade do
papel imune e não resolveu o problema do fabricante
nacional.
Aliás, o
combate ao desvio deve ser incentivado e buscado com determinação, porém, que o
fabricante brasileiro não se iluda, o problema é de competitividade e não de
desvio. Os números pouco expressivos apresentados nos últimos anos pelas
empresas nacionais, devem-se aos preços mais competitivos do produto
estrangeiro. Desvio de finalidade só afeta o setor gráfico e os distribuidores
que revendem papéis comerciais. Fabricantes e Distribuidores especializados em
papel imune não sofrem nenhuma concorrência desleal em decorrência do
desvio.
Esse dogma
de que o importado é o vilão não procede. Se, por exemplo, o preço do
papel cuchê nacional for de R$2.500,00 a tonelada e o importado R$2.700,00, não
se ouvirá mais falar de desvio de finalidade. Como a situação hoje é inversa,
fica claro que o problema é competitividade, ou será culpa
do tomate?
Vicente Amato Sobrinho